terça-feira, 1 de maio de 2012

Eyes tightly shut.

Podia ver inúmeras cenas ao mesmo tempo:


Cena 1: um casal passeando no shopping, abraçado, feliz. Uma pessoa caminha ao seu lado. Uma nuvem cinza a acompanha de perto. Acompanha não - assombra.


Cena 2: se vê abraçando uma pessoa. Sente-se feliz, querida. O abraço acaba. Ela volta ao normal.


Cena 3: ela se vê feliz, deitada na cama, sente uma respiração em seu pescoço. Sente-se acolhida. Fecha os olhos e dorme, aquecida.


Cena 4: voltando do plantão, aos pedaços. Entra em casa e é recebida por um cachorro saltitante. Toma um banho, deita na cama. A cama está quente. Ele acaba de sair para o seu plantão. Ela dorme.



Quantas imagens, quantos passados, quantos futuros-to-be. E isso tudo com a luz apagada.


A luz acesa representa a realidade. Realidade dura, cruel, que machuca os olhos - as pupilas dilatadas à visão dos sonhos.



É, prefiro deixar a luz apagada.


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